segunda-feira, 14 de julho de 2008

Algarve lançou primeiro barco-ambulância português




Algarve lançou primeiro barco-ambulância português






As populações das ilhas-barreira da Ria Formosa estão, a partir desta semana, mais seguras. O primeiro barco-ambulância construído em Portugal foi baptizado e lançado ao mar.






O Governo Civil de Faro investiu mais de cem mil euros e os estaleiros Nautiber, de Vila Real de Santo António, construíram a embarcação com as características pedidas pela Protecção Civil e pelas autoridades marítimas algarvias. A ambulância marítima, baptizada com o nome «Ria Solidária», tem todas as características necessárias ao transporte seguro de doentes e já está a cumprir o seu dever. Além do material que se pode encontrar numa ambulância do INEM, o barco também se encontra equipado para missões de socorros a náufragos e para primeira intervenção no combate a incêndios. A criação deste serviço é uma velha reivindicação dos residentes das ilhas. Gaspar Lopes vive na comunidade piscatória da Ilha da Culatra, onde habitam cerca de mil pessoas. Em declarações ao «barlavento», mostrou-se satisfeito com o lançamento da embarcação. Agora, diz o profissional da pesca, resta esperar para ver «qual o tempo de resposta» da ambulância flutuante. Apesar de este ser o primeiro barco construído de raiz para fazer o serviço, as populações das ilhas contaram, durante anos, com o apoio de diversas entidades e com embarcações adaptadas para o transporte de doentes e pessoas com mobilidade reduzida. «O serviço que o rapaz do salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos estava a fazer era muito importante. Vamos ver se agora melhora um bocado», disse Gaspar Lopes. «As diferenças entre este barco e os outros estão à vista. Este tem todas as condições. Agora temos de ver se o tempo que temos de ficar à espera compensa», resumiu. O barco pretende dar resposta não só a situações de urgência, mas também a doentes crónicos. Segundo Gaspar Lopes, os principais problemas têm que ver com doenças súbitas. No campo dos nascimentos, «já há muito tempo que não nasce ninguém num barco». «Quando é necessário, os bebés nascem na ilha», revelou. O «Ria Solidária» é um catamarã de 8,5 metros, com casco em plástico reforçado a fibra de vidro e capacidade para seis tripulantes. Na proa do barco foi instalada uma prancha flexível, que permite a entrada e saída de macas e cadeiras de rodas com a maior comodidade possível. Os dois motores de 150 cavalos dão-lhe potência e rapidez. Na cerimónia de lançamento ao mar do «Ria Solidária», a governadora civil Isilda Gomes revelou que, quando lhe pediram para dar um nome ao barco pensou logo «num nome de um santo». «Mas depois pensei que, como o Algarve é uma região solidária, a Ria Formosa também tem que o ser», disse. A opção pela designação «Ria Solidária» foi «feliz», na opinião do ministro da Administração Interna Rui Pereira, que presidiu à cerimónia de baptismo da embarcação. O membro do Governo mostrou-se bem impressionado com o projecto impulsionado pelo Governo Civil de Faro, «pioneiro no nosso país». «Perguntei aos autores do projecto se patentearam esta ideia, pois eu nunca tinha visto nada de parecido nem em Portugal, nem no estrangeiro. Creio que está muito bem concebido e é uma ideia que merece ser replicada. Vamos ver se podemos repeti-la noutros pontos do País», revelou Rui Pereira. A base operacional do «Ria Solidária» é a doca de Faro e a sua gestão ficará a cargo dos Bombeiros Voluntários da capital algarvia.
Fonte: Barlavento
Para quem quiser ficar a par das polémicas que já andam á volta desta embarcação, é visitar o blog
E vêm outra noticia de apresentação da embarcação e tambem os comêntários dos "bloguistas",
esses sim curiosos.
Os meus farei a seu tempo, se assim se justificar, não querendo ser já (profeta da desgraça), dando o beneficio da duvida, aqueles que têm "o menino nos braços".
Boa Sorte...

Sem comentários: